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Conhecendo nossos adversários

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Muitos fracassam na guerra espiritual por desconhecer nossos aliados espirituais, nossas armas de guerra e também nossos adversários. Entenda um poucow sobre nossos inimigos neste material! Há uma diferença entre batalha e guerra. A batalha é um combate com um propósito específico, em um período ou época. A guerra é um conjunto de batalhas, com o propósito de tomada de nações, continentes, estados. No mundo espiritual, entendemos que a guerra existe desde a fundação do mundo, e acabará no final dos tempos, quando Satanás for totalmente aprisionado, com todos os seus demônios.

Enquanto isso, se levantam batalhas espirituais, em todo o tempo. Os personagens deste cenário são:

• Eu e você
• Anjos e demônios
• Deus, pois é onipresente e onisciente
• Satanás

A Bíblia Sagrada nos revela algumas observações importantes acerca de batalhas espirituais. Observe:

• Batalha Espiritual é Deus derrotando Satanás com o sopro da sua boca (2 Ts 2.8)
• Batalha Espiritual é a luta entre a carne e o espírito (Rm 8.5)
• Batalha Espiritual é a luta entre anjos e demônios (Ap 12.7)
• Batalha Espiritual é pela fé, vencer as aflições do mundo (Jo 16.33)
• Batalha Espiritual é livrar almas da morte (Pv 24.11)

Muitos crentes assumem o ministério de Batalha Espiritual como se fosse uma responsabilidade dele mesmo. Não é, somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. A Batalha é do Senhor. O motivo de crentes desistirem do ministério, ou fracassarem na fé, é justamente por isso. Eles querem ver resultados imediatos, e querem fazer de seu jeito. Somos guerreiros, soldados, e devemos estar sob a direção do Grande General de Guerra, para que possamos ter grandes vitórias. E finalmente dizer como Paulo:

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Tm 4.7)

Medite nestes versículos, e entenda que a Batalha pertence ao Senhor:

• Gn 3.15
• Ex 15.3
• Ex 14.14
• Is 41.10-13

Não existe luta entre Deus e o diabo

Uma vez li uma coluna do jornal, escrita por um bruxo reconhecido mundialmente como escritor, autor de diversos “best-sellers”. Nesta coluna ele expôs o seguinte pensamento: “O mundo é um grande tabuleiro, e existe uma luta entre as pedras brancas e as pedras negras. Cabe a você escolher de que lado quer lutar”.
Neste pensamento, o autor fazia alusão à chamada “eterna luta entre Deus e o diabo; a luta entre o bem e o mal”.
O pensamento é até bonito, interessante, mas é uma meia verdade de Satanás, que tem confundido diversas pessoas. Muitos crentes, e até pastores, assumem esta visão em relação a batalha espiritual, porém eu te digo: NÃO EXISTE LUTA ENTRE DEUS E O DIABO.
Em minhas radicais palavras, posso lhe dizer que Satanás “bate continências” na presença de Deus. Tudo o que ocorre no mundo espiritual está debaixo da soberania de Deus, e o próprio Satanás depende da autorização de Deus para fazer seus atos malignos.

“Ora, chegado o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. O Senhor perguntou a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela.” (Jó 1.6,7)

Imagine o caos que seria este planeta, se Satanás fizesse tudo o que ele quisesse. Você acha que os aviões se manteriam no ar? Você acha que não haveria uma violência ainda maior do que a existente?
Satanás também é criatura, e seu poder é limitado diante de Deus. Ele é tão pequeno para Deus assim como eu e você o somos. Repito: não existe luta entre Deus e o diabo. Porém, então porque precisamos batalhar?

Então de quem é a luta?

Eis uma boa pergunta. Se Deus não luta contra o Diabo, porque vivemos em batalha? Porque o povo de Deus vive em guerra espiritual? Muitas perguntas, para uma única resposta: A LUTA É ENTRE O HOMEM E SATANÁS.

“Pois a nossa luta não é contra carne e sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes.” (Ef 6.12)

Paulo diz que a luta espiritual é contra nós. Satanás e seus demônios sabem que não podem lutar contra Deus, pois o Senhor tem poder para destruí-los com o sopro de sua boca (2 Ts 2.8). Portanto eles sabem que podem afetar diretamente ao Senhor, quando agridem sua noiva.
A igreja representa a noiva de Cristo, que está temporariamente na terra, sendo preparada pelo Espírito Santo para o grande encontro, o dia do casamento. Enquanto isso o diabo nos ataca, quer nos fazer desistir, ou até nos matar. Para ele este casamento não pode acontecer.
Sim, estamos em batalha, e como bons soldados precisamos estar preparados, devidamente treinados. Fique alerta, o diabo anda ao derredor, buscando quem possa tragar.

Conhecendo nossos inimigos

O Antigo Testamento relata grandes batalhas e jornadas do povo de Israel. Todos estes relatos trazem-nos profundos ensinamentos que devem ser executados em batalha espiritual.

“Enviou-os, pois, Moisés a espiar: a terra de Canaã, e disse-lhes: Subi por aqui para o Negebe, e penetrai nas montanhas; e vede a terra, que tal é; e o povo que nela habita, se é forte ou fraco, se pouco ou muito; que tal é a terra em que habita, se boa ou má; que tais são as cidades em que habita, se arraiais ou fortalezas; e que tal é a terra, se gorda ou magra; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra. Ora, a estação era a das uvas temporãs.” (Nm 13.17-20)

Doze espias foram enviados por Moisés para reconhecer a terra, por orientação do Senhor (Nm 3.2). Deus sabia exatamente o que esperava pelo povo, na terra prometida. Haviam pela frente muitos gigantes, povos bárbaros, porém para a grande conquista era necessário também uma grande luta. O povo não deveria temer, pois a guerra era de Deus, o próprio Senhor garantiria o povo, mesmo assim Deus ordena que se enviem espias para reconhecer a terra.
Para entrar em batalha, o povo precisou reconhecer exatamente quais seriam os tipos de ameaçar que deveriam enfrentar:

• Qual a qualidade da terra a ser tomada (que tal é)
• Qual o povo que habitava na terra e suas características como guerreiros (se eram fortes ou fracos)
• A quantidade (pouco ou muito)
• A qualidade da terra de habitação do adversário
• Se os adversários habitavam em arraiais ou em fortalezas
• Se a terra é fértil ou não (Se há árvores ou não)

O reconhecimento antes da batalha é uma prática extremamente necessária e essencial. Muitos crentes estão entrando em batalhas espirituais sem conhecer seus inimigos e suas armas. Satanás é astuto, e usa de astutas ciladas.
Devemos conhecer sobre o nosso inimigo. Estudar sobre sua natureza, seus métodos, armadilhas. Quais são seus “poderes”, e até onde vai sua força. Se não conhecermos nosso inimigo, nos tornaremos alvos fáceis para os dardos inflamados do maligno.
É bem verdade que muitos líderes não ensinam a igreja sobre este importante assunto, sob o argumento que “não perdem tempo falando do diabo”, ou que “o diabo não deve aparecer”. A questão não é essa.
Como dizia o cantor Raul Seixas: “o diabo nasceu há 10.000 anos atrás”. Os demônios são especialistas em tudo o que você pode imaginar. Eles acompanham o homem há centenas de gerações.
Eu diria que eles são especialistas em antropologia, geografia, história, sociologia, psicologia, etc. Sabem tudo sobre o homem, sabem tudo sobre você. Conheça também sobre ele, e Deus te usará como um soldado classificado para esta batalha.

Não subestime seu adversário

Um dos grandes ensinamentos que qualquer militar aprende é: Não subestime o inimigo. Na segunda guerra mundial, um do motivo de grande desgraça aos norte-americanos foi subestimar os vietnamitas, crendo na sua ineficiência por seu humilde armamento.
Mesmo sem um bom arsenal, os soldados vietnamitas usaram de inteligentes estratégias (astutas ciladas), e se escondendo por túneis e buracos, conseguiram durante muito tempo resistir aos ataques de seus opressores.
Deixe-me contar dois fatos, verídicos:

Caso 1:
“Um certo ministro de libertação era usado com grande poder e autoridade na batalha espiritual. Um certo dia, ao expulsar um demônio, o inimigo olhou para ele e disse: me aguarde, eu ainda te pego. E saiu.
Meses depois, este ministro estava na rua, e uma jovem o pediu informações… conversa vai; conversa vem; quando se viu estavam entrelaçados em um hotel. O ministro distraiu, deu brecha. Em determinado momento, ao beijar a jovem, ela mordeu metade de sua língua, arrancando-a.
No mesmo instante, ela olhou para ele com voz trêmula e disse: EU NÃO DISSE QUE TE PEGARIA!”

Caso 2:
“Certa vez, em uma igreja, um pastor, durante uma libertação, permitiu que o demônio falasse. Então o demônio disse: – Você, pastor, é um adúltero! Estava com uma prostituta ontem, às dez da noite e mentiu pra sua mulher que o carro tinha quebrado. Realmente no dia anterior, esse pastor estava voltando de uma cidade onde havia ministrado a Palavra de Deus onde muitas pessoas haviam sido tocadas pelo Senhor, aceitando-o como Salvador de suas almas. O demônio ficou muito irritado pelo sucesso do pastor e fez com que seu carro “apagasse” no meio da estrada, às 22:00h, quando ele ia voltando para sua casa. O pastor, sem vigiar, ficou irritado e esqueceu de orar repreendendo a ação de Satanás sobre a sua vida, o que faria o carro pegar imediatamente, e ficou tentando solucionar o problema com suas próprias mãos. Chegando em casa uma hora depois do horário previsto, contou a sua esposa o ocorrido. Quando o demônio falou aquilo no culto,
acendeu-se a ira da esposa, porque realmente era aquilo que ela pensava (porque o inimigo havia implantado esse pensamento na sua mente). Resultado: o pastor foi afastado da igreja, a sua esposa pediu o divórcio. Tudo por causa de um demônio de terceira categoria, porém esperto, que soube aproveitar as falhas dessas pessoas.”

Satanás e os demônios são nossos piores inimigos. Você pode crer que eles são fracos, e que são submissos à autoridade do nome de Jesus. Eles podem até correr quando olham para você, devido a unção que Deus colocar sobre sua vida, mas não distraia, não subestime.
Nosso inimigo não tem pressa, ele não tem tempo para acabar com sua vida e ministério. Entenda que ele anda ao nosso derredor, esperando uma oportunidade para tragar-nos. Na maioria das vezes, o pecado abre esta oportunidade, e como você sabe “todos pecaram”.
Para trabalhar em libertação, precisamos saber que estamos envolvidos com uma grande responsabilidade, e manter-nos vigilantes, atentos, para que não caiamos em ciladas do maligno.

Autor: Pr. Ricardo Ribeiro

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