Na última sexta-feira (22), o presidente do Sudão, Omar Al Bashir,
em pronunciamento oficial, dissolveu o governo e anunciou estado de emergência por um ano no país. No dia seguinte, ele nomeou um novo primeiro-ministro e primeiro vice-presidente. Mais protestos eclodiram no sábado, quando a polícia supostamente atirou gás lacrimogêneo contra manifestantes que queimavam pneus e gritavam: “A revolução é a escolha do povo“.
A decisão de Al Bashir ocorreu após dois meses de manifestações praticamente contínuas contra seu governo, que já dura mais de três décadas. O governador do estado de Gezira, Mohamed Tahir Ayala foi nomeado primeiro-ministro e o ministro da defesa, Awad Mohamed Ahmed Ibn Auf, primeiro vice-presidente. Al Bashir também substituiu governadores de estado por oficiais do exército.
Protestos contra o governo se prolongam desde dezembro
Os protestos tiveram início em 19 de dezembro de 2018, na cidade de Atbara, mas rapidamente se alastraram para o que é, provavelmente, a mais séria ameaça ao governo de 30 anos do presidente. Até o discurso de sexta-feira, o país estava preso entre um líder enfraquecido e um movimento de protesto que, embora não tenha diminuído depois de semanas, foi incapaz de dar um golpe na presidência de Al Bashir.
Logo após o anúncio de estado de emergência, a Associação Sudanesa de Profissionais, que está encabeçando a campanha contra o presidente, disse: “Estamos convocando nosso povo a continuar com as manifestações até o principal objetivo dessa rebelião, que é a queda do chefe do regime, ser alcançada”.
Fontes da Portas Abertas expressaram preocupação de que o estado de emergência faça com que as forças de segurança do governo aumentem a brutalidade contra civis. Ore pela proteção de Deus sobre a família cristã no Sudão. Clame para que o Senhor derrame sua graça nessa circunstância, levando paz e justiça para o povo do Sudão.
Fonte: Portas Abertas